“Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas” (Mt 24.32, 33).
A sabedoria
popular reconheceu que: “prudência e canja de galinha não faz mal a ninguém”.
Geralmente, as virtudes ainda são reconhecidas na sociedade, mas em meio à
enorme hipocrisia, pois, conquanto sejam até mesmo exaltadas, o comportamento
que é realmente estimulado é o do vício e do pecado, da suposta “liberdade” de
poder fazer o que se quer.
No entanto,
ser prudente, ser vigilante quanto aos acontecimentos, é algo que Jesus ensina
como requisito para não sermos apanhados de surpresa no grande e terrível “Dia
do Senhor”. Já na Igreja Primitiva houve aqueles que pensavam que se preparavam
para o retorno de Cristo ainda em seus dias. O apóstolo Paulo viu-se obrigado a
escrever aos tessalonicenses para explicar-lhes quanto à volta de Jesus, pois
muitos estavam vivendo, como se diz: “em compasso de espera”. Nem mesmo
trabalhar queriam. Certamente, deixar de trabalhar não significa estar
preparado para o retorno de Jesus. De qualquer modo, a responsabilidade de esperar
adequadamente a volta de nosso Senhor é algo essencial a todo nascido de novo.
Este tem aquele desejo de que Jesus esteja presente plenamente, governando o
mundo.
Atualmente
ainda existe um reino de trevas, parasita, que existe simplesmente porque Deus
permite. Portanto, o reino trazido por Jesus encontra ainda forte oposição. As
obras más se multiplicam à medida que o tempo vai passando e a humanidade vai
esquecendo que há um Criador. Todavia, até como uma santa reação a isso, devido
ao fato de não suportar ver o nome de Deus ser zombado, diariamente está no
coração de todo crente verdadeiro a súplica: “venha o teu reino!”.
O verso
epigrafado faz parte daquilo que se convencionou chamar de “O Sermão Profético
de Jesus”, que compreende os capítulos vinte e quatro e vinte e cinco do
Evangelho de Mateus. Recorrendo à construção de parábolas, Cristo ensina,
principalmente, a necessidade da vigilância com relação ao seu retorno, isto é,
uma espera responsável. Assim as parábolas “do bom e do mal servo”, “das dez
virgens” e a “dos talentos” conduzem os leitores a refletir sobre a iminência,
a imediaticidade e a imprevisibilidade daquele dia. Embora, de fato, não seja
possível antever a data da volta de Cristo, o Senhor nos deixou revelado sinais
de que ele está a caminho: “guerras e rumores de guerras”, “fomes”,
“terremotos”, a perseguição feroz contra a igreja em todas as nações, a traição
e a apostasia de muitos que se diziam crentes, falsos profetas que enganarão a
muitos, época de multiplicação da iniquidade que apagará o amor, e a pregação
do evangelho a todas as nações. Somente aquele que perseverar até o final, o
que resistir a tudo, será salvo. A grande distinção da fé verdadeira quando
comparada à temporária é essa: perseverança. Pois bem, se analisarmos as
notícias que diariamente lemos nos jornais ou assistimos nos telejornais, concluiremos
que estes sinais já se fazem claros e presentes.
No entanto,
conquanto seja de conhecimento geral, mesmo os crentes parecem ignorar os
sinais de alerta. Não temos visto a igreja dedicar-se mais à Cristo e sua
Igreja, jejuar, arrepender-se dos pecados. Parece não se importar com a vida de
mornidão espiritual, descomprometimento com o Senhor e a falta de seriedade na
vida espiritual. Não há mais crentes que priorizam o reino de Deus e a sua
justiça. Vivem atrás das mesmas coisas que os ímpios: bens e mais bens
materiais. Vivem para si mesmos. Uma igreja viva anseia e clama pelo retorno de
Cristo. Se nossa condição espiritual não tem nos levado a isso é hora de mudar
a disposição do coração e buscar ao Senhor enquanto se pode achar e invoca-lo
enquanto é possível. Ouçamos as advertências de Cristo e sejamos prudentes e
vigilantes. Tenha um excelente dia na presença de Deus!
(Rev. Jair de Almeida Junior)
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